Ensaio sobre o ser humano – a espécie

Quem é o ser humano, em termos de espécie?

O ser humano é a mais devastadora espécie que existe neste planeta que chamamos de Terra. O nome em questão, a propósito, já demonstra a ousadia e prepotência que esta espécie tem sobre o planeta em que habita. Seria o homem também a pior espécie habitante daqui? Suas atitudes o entregam.

Pior cego é aquele que, podendo enxergar, decide por não ver. Quem está ciente do que faz, e mesmo assim, conscientemente erra, peca duas vezes. A vida nos foi dada e este é nosso maior dom. Estamos destruindo a natureza. Será que isto não nos destruiria também, visto que fazemos parte dela? Como pôr filhos em um mundo em que a sociedade se auto-destrói? É como desejar mal a quem mais se ama nesta vida. Mas é importante não perder a fé, e mesmo assim educar para que talvez esta mesma criança que vive na selva em questão, um dia possa fazer a diferença.

O homem não se importa com grandes causas… só se importa com sua sobrevivência. Sem medir as conseqüências, acaba por destruir a si mesmo, aos poucos. Nosso meio ambiente cada vez mais torna-se inóspito à nossa própria sobrevivência. Novas substâncias são criadas pela indústria, e somam-se assim a diversas outras que têm como fim nossos rios, mares, e terras. Substâncias mutagênicas, carcinogênicas, e outros gênicos que puderem existir no dicionário. Se contássemos esta história a algum habitante de outro planeta, talvez ele ou ela risse… talvez apenas não acreditasse que uma espécie pudesse ter tamanha ignorância, achando que um dia alguém ou algo chegaria, e resolveria todos os problemas. Infelizmente cabe a nós resolver nossos próprios problemas. Não é isso que nos ensinam nas escolas, quando pequenos?

Para resolver os problemas, precisa haver atitude e esclarecimento para a população que ainda não tem acesso, incrivelmente, a estas informações aqui descritas. Para isto, existem os políticos, autoridades… infelizmente ler estas últimas 6 palavras nos levam a uma sensação de ironia, repulsa, e inconformação. Neste caso, as causas para estes sentimentos, independentemente do grau de escolaridade de qualquer cidadão do planeta, são muito bem conhecidas. Visto a difícil tarefa que os encarregados têm pela frente, podemos entender porque é mais fácil dar 50 reais para qualquer família de um país por exemplo, ou então oferecer cotas em faculdades para parcelas desfavorecidas da população. Não venho dizer que estas atitudes não devem ser feitas. Com certeza, é melhor do que não fazer nada. Mas realmente, gostaríamos que estas pessoas desfavorecidas tivessem a oportunidade de sentir o delicioso sabor que é conseguir entrar na faculdade por mérito próprio, devido a um estudo público de qualidade, ou então ir em família ao supermercado, e gastar muito mais do que 50 reais, na compra do mês, com dinheiro ganho com o suor do dia-a-dia. Mas infelizmente, isto é tachado de utopia por muitos. Infelizmente também, para cada família que recebe auxílio do governo, pelo menos duas estarão “nascendo” e vivendo sobre a mesma base estrutural que gera esta miséria noticiada todos os dias nos telejornais. Se as causas não são combatidas, os problemas não serão solucionados.

Não bastasse desrespeitarmos nosso próprio planeta, a que chamamos de Terra, desrespeitamos a nós mesmos, a humanidade. Mas é claro que alguns, neste momento, estão em suas mansões, tomando vinho e tendo cinco suculentas refeições ao dia, entendendo que o problema não atinge a todos, e assim, podemos deixar pra resolver depois. O nosso amigo habitante de outro planeta, enquanto isso, provavelmente deve estar rindo ainda.

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